relógios mergulho

10 RELÓGIOS DE MERGULHO QUE PODE USAR O ANO TODO

Os relógios de mergulho começaram a surgir no mercado em torno das décadas de 50 e 60 e cedo se destacaram pela sua versatilidade. Numa época em que não existiam ainda computadores de mergulho e outros instrumentos digitais, os relógios de mergulho eram instrumentos fundamentais para os mergulhadores, profissionais ou recreativos. Ainda hoje, muitos mergulhadores fazem-se acompanhar de um relógio, a par do computador de mergulho, como backup caso algo corra mal. À semelhança, aliás, dos pilotos de aviões, com relógios de aviador.

O relógio de mergulho - devido à sua grande versatilidade e robustez, além de normalmente terem um desenho consensual e bem conseguido – rapidamente se tornou presença habitual em muitas colecções de relógios e, em muitos casos, num relógio de utilização diária, fiável e adaptável a várias ocasiões. Para isso, também muito contribuiu a frequente presença de relógios de mergulho (quase sempre da Omega) no pulso do mais famoso agente secreto, James Bond.

1. OMEGA SEAMASTER DIVER 300M CO-AXIAL MASTER CHRONOMETER

Apesar da sua idade relativamente curta (foi lançado em 1993), o Omega Seamaster Diver 300M adquiriu o estatuto de “ícone” muito depressa, graças a um desenho inconfundível, preço competitivo dadas as suas características e ao facto de ter sido protagonista de diversos filmes da saga 007, tanto no pulso de Pierce Brosnan como de Daniel Craig. A versão actual – lançada no final de 2018 – teve profundas melhorias face ao modelo anterior, aumentando ainda mais o seu sucesso comercial. Com um movimento automático totalmente antimagnético, reserva de marcha melhorada (55 horas), fundo transparente com o movimento à vista (característica rara em relógios de mergulho) e 5 anos de garantia, é um relógio que deve sempre ser considerado por quem procura um divers watch. Em 2018 regressou também uma das suas características mais distintivas, as famosas “ondas” no mostrador, agora realizadas a laser em mostradores feitos em cerâmica. Além das versões em preto e azul, regressou em 2019 a famosa versão polar white, muito apreciada por quem procura combinações de cores mais incomuns. Conheça a colecção Seamaster aqui.

2. OMEGA SEAMASTER AQUA TERRA 150M CO-AXIAL

A colecção Seamaster da Omega sempre teve vários submodelos, estando actualmente dividida, sobretudo, em três famílas: Diver 300M, Planet Ocean (com mais estanquicidade ainda) e Aqua Terra. Apesar do modelo Aqua Terra ser o menos estanque, e não ter a lunete unidireccional (o que, em bom rigor, faz com que não possa ser considerado um verdadeiro diver’s watch), o seu sucesso justifica a sua inclusão nesta lista, por um simples motivo: a maioria dos clientes não utiliza os seus relógios de mergulho no ambiente para que foram feitos: a água. Ciente desse facto, a Omega criou esta alternativa na sua colecção, mais clássica, com uma enorme variedade de cores, correias e materiais, e até com versões de senhora. Mantendo uma estanquicidade acima da média, foi também alvo de melhorias recentes, com a introdução dos movimentos master chronometer, as novas linhas horizontais (nos antigos modelos eram verticais) e a passagem da janela de data para as 6 horas, de forma a dar mais simetria ao mostrador, além de outros pequenos detalhes que fizeram a diferença. Conheça a colecção Seamaster Aqua Terra aqui.

3. PANERAI SUBMERSIBLE

Os leitores que conhecem bem a Panerai pensarão se não serão (quase) todos os Panerai modelos já de mergulho por si só, e é uma pergunta pertinente. De facto, os Panerai Luminor têm, na maioria dos casos, uma estanquicidade de 300M, a mesma dos Submersible - que até 2019 se designavam de Luminor Submersible mas, por razões de simplificação da nomenclatura das colecções, chamam-se agora apenas Submersible. Na verdade, as diferenças do ponto de vista técnico são pequenas, visto que todos os Panerai são já testados na fábrica em água, com estanquicidades 25% acima do anunciado e com o famoso protector da coroa…aberto (!) que é um pormenor invulgar (e não recomendado para uso em ambiente aquático) que nos faz crer que a estanquicidade real é bastante superior. Os Submersible acrescentam a lunete unidireccional, vista pela primeira vez no protótipo L’Egiziano, de 1956, e pormenores estéticos exclusivos deste modelo. Recorde-se que a Panerai é uma marca que até 1993 fabricava relógios exclusivamente para oficiais de elite da Marinha Italiana, pelo que a legitimidade e o know-how em relógios de mergulho é inquestionável. Todos os modelos Submersible têm calibres manufacturados, reservas de marcha de 3 dias e tamanhos entre os 42 e os 47 mm. Conheça a colecção Submersible aqui.

4. IWC AQUATIMER

As raízes náuticas da IWC remontam também ao primeiro Aquatimer, de 1967, bem como a modelos que foram os seus sucessores, envergando ou não o nome Aquatimer, como o Porsche Design Ocean 2000 (à época, estávamos em 1983, eram fabricados pela IWC sendo, aliás, a lunete deste modelo que inspirou o desenho do Aquatimer actual) e os fantásticos modelos GST Aquatimer  - acrónimo de Gold, Steel and Titanium. Foi nesta colecção que se estreou a versão Deep One, com um profundímetro mecânico, hoje ausente da colecção (ainda existiu um Deep Two e um Deep Three, já em versões mais modernas do Aquatimer). A colecção actual tem uma inovadora lunete externa que está conectada à escala interna do relógio através de um sistema patenteado de embraiagens, e é a lunete com o funcionamento mais suave que conhecemos, ao ponto de ser quase viciante girá-la. Foi também estreado nesta geração um sistema de troca rápida da correia de borracha pela bracelete de aço, muito simples de usar. As versões Galapagos Islands, com um acabamento em borracha vulcanizada negra, ficaram célebres pela sua aparência discreta mas vincada, embora estejam apenas disponíveis em versão cronógrafo flyback com o conhecido calibre 89 da IWC. No entanto, a colecção Aquatimer compreende modelos de 3 ponteiros e cronógrafos, com diversas cores e materiais que pode consultar aqui.

5. BREITLING SUPEROCEAN HERITAGE

O Breitling Superocean Heritage é um modelo relativamente recente na colecção da Breitling mas inspirado no Superocean original, de 1957, um dos relógios de mergulho mais distintos daquela época. Foi dos primeiros relógios a trazer para o nosso tempo as braceletes em malha de aço (ou malha milanesa), numa execução de grande qualidade, e rapidamente se tornou num dos pilares da colecção. Há poucos anos a Breitling introduziu também uma correia em borracha com o padrão da malha milanesa, ainda hoje muito pouco comum. Com lunetes em cerâmica e disponível em versões cronógrafo ou 3 ponteiros, é este último que se destaca por ter um movimento manufacturado B20, com 70h de reserva de marcha e que é um calibre desenvolvido pela Tudor, no âmbito do surpreendente acordo entre estas duas marcas para partilha de movimentos (a Breitling fornece o reputadíssimo cronógrafo B01, em troca). Tem uma estanquicidade de “apenas” 200 metros, isto porque a Breitling tem um Superocean contemporâneo mais adequado para quem deseja fazer uma utilização extrema em situações de mergulho. Conheça a colecção Superocean Heritage aqui.

6. BREITLING SUPEROCEAN

Conforme acima descrito, existe um modelo Superocean com uma estética mais contemporânea e marcadamente Breitling, com referência visual aos seus modelos dos anos 90 e 2000. Isto é particularmente notório na bracelete com elos de efeito diagonal, uma característica que o torna imediatamente reconhecível, bem como a correia em borracha com o nome da marca em relevo. Foi actualizado em 2019 com novos mostradores e novas cores que começam a chegar ao mercado (com regresso para breve do famoso mostrador amarelo), e tem uma surpreendente estanquicidade de 1000 metros, isto nas versões de 44 mm, as mais vendidas. Manteve as “asas” no logotipo Breitling, o que tem gerado alguma confusão junto dos apreciadores na marca, que passamos a clarificar: os modelos mais desportivos da Breitling mantêm as asas no mostrador, enquanto os modelos mais clássicos ou retro passam a ter apenas o “B”, sendo que ambos os logotipos são históricos. Com calibres com certificação COSC, como todos os Breitling, e uma estanquicidade referencial, é um modelo a ter em conta na categoria de preço inferior a 4 mil euros. Conheça a colecção Superocean aqui.

7. BELL & ROSS BR 03 DIVER

O BR 03 não nasceu como um modelo de mergulho e é, na verdade, uma mescla que, em teoria, teria tudo para correr mal mas que teve um resultado final com muita personalidade, comprovada também pelo seu sucesso comercial. O BR 03 nasceu da brilhante ideia da Bell & Ross de executar um relógio diferente com o seu tema preferido: a aviação. Olharam para os instrumentos analógicos de um avião e fizeram a transposição directa para um relógio de pulso, com os 4 parafusos incluídos e todos os pequenos detalhes desses instrumentos, como o desenho dos ponteiros e a sua legibilidade. O sucesso surpreendeu a própria marca e tornou-a conhecida do público em geral, com um modelo 100% original e sem semelhança com nenhum outro relógio. Há dois anos a Bell & Ross decidiu pegar nesse relógio de inspiração aeronáutica e aplicar-lhe características técnicas e estéticas de mergulho, e passou a prova com distinção! O resultado é um verdadeiro diver´s watch com uma aparência inconfundível e um preço muito competitivo, disponível em várias cores e materiais, inclusivamente em bronze (em séries limitadas). Conheça o BR 03 Diver aqui.

8. TAG HEUER AQUARACER 300M

A TAG Heuer é uma marca que se notabilizou pela sua ligação ao desporto automóvel, especialmente à Formula 1, à McLaren, e a pilotos como Ayrton Senna, só para dar alguns exemplos. No entanto, tem também uma longa ligação ao mundo náutico, seja com o primeiro relógio de sempre com indicação de marés (o Heuer Solunar, em 1949), ou em 1983 com os Professional Sports Watch Series 2000, que vieram dar origem aos Aquaracer. Será seguramente dos relógios de mergulho mais vendidos em todo o Mundo, devido à fortíssima imagem de marca, preço competitivo e a uma colecção muito ampla, com relógios para senhora, para homem, de quartzo ou automáticos, 3 ponteiros, GMT ou cronógrafo. Apesar das versões de quartzo serem, naturalmente, as mais acessíveis, são os automáticos (que a TAG designa de Calibre 5) as estrelas da colecção devido ao mostrador deck, muito bem executado, lunetes em cerâmica (pode optar por uma mais acessível lunete em aço) e à lupa de aumento da data, conhecida no jargão relojoeiro como cyclops lens. Se procura um diver por 2.500 euros ou menos, é um relógio que deve considerar. Descubra aqui.

9. ORIS AQUIS DATE

A Oris é uma das poucas marcas de relógios suíços totalmente independente e que é detida e gerida por uma família. Com uma longa e curiosa história, a Oris foi salva na era da crise do quartzo por dois trabalhadores, que a adquiriram. O que notabilizou a Oris nos últimos anos foi - a par do facto de produzir relógios de qualidade e exclusivamente mecânicos, muitos deles com patentes desenvolvidas internamente  - um investimento no design e no pensamento dos pormenores estéticos muito acima da média, com ousadia e bom gosto, o que faz com que tenha uma colecção muito variada, tanto nos modelos como nas cores, materiais e opções de pulseira. É o caso do seu modelo de mergulho mais “técnico”, o Aquis, com uma variadíssima escolha de cores, tamanhos e movimentos, incluindo o fantástico Aquis verde que faz as delícias dos clientes que procuram um relógio diferente com um preço acessível. Destacam-se também as séries limitadas que são feitas todos os anos, com parcerias de consciência social e sensibilização para questões ambientais ligadas aos oceanos. Com uma excelente relação qualidade/preço e acabamentos invulgares para o nível de preço, é uma opção a considerar, especialmente se procurar uma combinação de cores menos comum. Conheça a colecção Aquis aqui:

10. ORIS DIVERS SIXTY-FIVE

Se desejar abdicar de alguma estanquicidade, existe outro modelo de mergulho da Oris, histórico, que tem uma estanquicidade de 100 metros, tal como o modelo original de 1965 (sixty-five). O desenho muito característico do modelo original foi mantido e a atenção aos detalhes, um tamanho equilibrado e um preço competitivo fizeram com que o Divers Sixty-Five colocasse a Oris definitivamente no mapa dos coleccionadores e da imprensa especializada. Com os mesmos movimentos do Aquis Date, os mais atentos irão notar que o preço dos Sixty-Five é mais elevado e isso deve-se, sobretudo, ao vidro que é abobadado (mais comummente designado pela expressão em inglês – domed crystal), pormenor muito típico de relógios vintage e que, actualmente - considerando que praticamente todos os bons relógios têm vidros de cristal de safira - é mais dispendioso de fabricar quando o seu formato é menos regular. Hoje, o Divers Sixty-Five está disponível em várias cores, opções de correia e em inéditas versões em aço com detalhes em bronze que, na nossa opinião, não podiam combinar melhor com o espírito desta colecção. Conheça os Divers Sixty-Five aqui.


OMEGA SPEEDMASTER: O RELÓGIO DA LUA

O Omega Speedmaster foi criado em 1957 para o segmento dos cronógrafos desportivos, ao mesmo tempo que reforçava a posição da Omega – ainda hoje presente – como timekeeper oficial dos Jogos Olímpicos. O seu nome deriva da estratégia de naming da Omega (Seamaster, Speedmaster, Railmaster), devendo-se o nome Speedmaster à escala taquimétrica incorporada no aro, que permite medir velocidades médias.

Poucos anos depois entramos na era das missões tripuladas ao Espaço e a NASA estava a preparar-se para as missões Gemini (com dois homens) e Apollo (com três homens), que implicavam a saída das naves espaciais, e um relógio conseguisse suportar as enormes exigências do Espaço.

Assim sendo, a NASA adquiriu relógios de diversas marcas conceituadas, e submeteu-os a uma bateria de exigentes testes de qualificação, que compreendiam altas e baixas temperaturas, choques de temperatura, pressão, humidade, oxigénio, impactos violentos, aceleração, descompressão, alta vibração, e ruído acústico. No final dos testes, já em 1965, o Omega Speedmaster superou todos os outros relógios.

James Ragan, engenheiro responsável pelos testes, explicou que o relógio era um backup: se os astronautas perdessem a capacidade de comunicação com a Terra, se os instrumentos digitais avariassem na superfície lunar, a única coisa em que poderiam confiar era no seu Omega Speedmaster. Todo este processo foi executado sem conhecimento da Omega, pelo que não foi nenhuma acção de marketing concertada com a NASA. O Speedmaster notabilizou-se apenas por ser o melhor relógio para as missões da NASA.

Curiosamente, a Omega só tomou conhecimento da escolha do seu relógio através de uma fotografia do astronauta Ed White tirada durante o primeiro passeio no Espaço, na missão Gemini 4, em Junho de 1965, em que o Speedmaster estava preso ao pulso com uma longa correia em velcro preto, por cima do fato espacial (correia que actualmente vem incluída no estojo do relógio). Após esta descoberta, a Omega acrescentou o nome “Professional” ao Speedmaster.

Em Julho de 1969, um dos mais célebres acontecimentos do Século, o Homem chega à Lua. Neil Armstrong foi o primeiro a pisar a superfície lunar mas, por precaução, deixou o seu Omega Speedmaster no interior do vaivém visto que o sistema electrónico deste não se encontrava a funcionar bem e poderia precisar do relógio como precioso backup. 19 minutos depois, junta-se a ele Buzz Aldrin, e o Omega Speedmaster Professional torna-se o primeiro relógio na Lua.

https://youtu.be/ZAiCVV9_yqE

Pouco depois, a Omega começa a incluir no fundo do relógio as seguintes inscrições: The first watch worn on the moon eFlight qualified by NASA for all manned space missions.

O Speedmaster foi particularmente útil na missão Apollo 13: deu-se uma explosão a bordo após uma falha eléctrica, e a tripulação teve que ser evacuada para a pequena cápsula lunar Aquarius para poupar energia. O piloto Jack Swigert teve então de utilizar o Speedmaster Profissional para calcular os 14 segundos de engine boost para colocar o vaivém no ângulo correcto de entrada na atmosfera.

Jack Swigert

A Omega foi então agraciada pela Omega com o Snoopy Award pela dedicação, profissionalismo e extraordinária contribuição no apoio às primeiras missões tripuladas da NASA.

Actualmente o Speedmaster é um dos mais icónicos relógios da História, presença obrigatória em qualquer colecção de relógios e tem uma legião de fãs e coleccionadores das suas inúmeras versões e edições especiais de celebração. Conheça a colecção Speedmaster aqui.


Place Vendome

AS MARCAS DE LUXO E O COMPROMISSO SOCIAL

Perante a grave situação provocada pela pandemia do novo coronavírus, as grandes marcas de luxo centraram o seu poder no compromisso social, com doações para ajudar o sistema sanitário e as populações.

A LVMH, o maior grupo de luxo do mundo, que detém marcas como a Chaumet, a TAG Heuer ou a Dior, anunciou estar a direccionar as suas linhas de produção para a preparação de máscaras e soluções desinfectantes, e ainda doações monetárias para apoiar o financiamento das investigações da doença.

Desde então, os anúncios das marcas de luxo têm-se multiplicado, principalmente em Itália, um dos países mais atingidos por esta pandemia. A Prada anunciou que sua empresa iria doar três unidades completas de tratamento intensivo e de reanimação aos hospitais de Milão. Giorgio Armani fez um donativo de 1 milhão de euros a hospitais e instituições da mesma cidade. O grupo Kering, proprietário de marcas como a Pomellato, a Boucheron, Gucci ou Dolce & Gabana, também doou 2 milhões de euros para a Itália.

Por fim a Richemont, grupo suíço que detém marcas como a Cartier, Jaeger-LeCoultre, Officine Panerai ou IWC, anunciou 1 milhão de euros para combater a Covid-19, assumindo assim o seu compromisso social face aos acontecimentos que atingem o nosso mundo.


Machado Joalheiro

Machado Joalheiro: A construção de um legado duradouro!

Machado Joalheiro é muito mais do que jóias. Desde 1880, esta joalharia centenária celebra o luxo e a elegância a cada peça que cria.

A empresa fundada no Porto comemora o amor e o sucesso a cada nova criação. É a prova de que tradição se completa com modernidade e de que paixão pelo detalhe e compromisso com a excelência não se esgotam numa geração.

Conheça a história desta Casa Centenária, representante em Portugal das mais conceituadas marcas de joalharia e relojoaria internacionais, que pauta a sua relação com os clientes pelos valores da confiança, amizade e respeito.

140 Anos de história e tradição que se escrevem todos os dias

1880-1914: O começo de um sonho

Em 1880, abre a primeira ourivesaria na Rua do Loureiro, no Porto. A paixão pela perfeição, o gosto pela excelência e a inspiração por peças únicas e intemporais motivaram José Pinto da Cunha na criação da “Ourivesaria Cunha & Sobrinho: Jóias e Objectos D’Arte em Prata”. Da fachada, da autoria do arquiteto portuense Francisco de Oliveira Ferreira, pouco resta. Ainda assim, o edifício original conserva no interior os tetos vibrantes e carregados de simbolismo, pintados por Acácio Lino, bem como os carismáticos anjos, intitulados os "Meus Amores, esculpidos nas paredes.

1915-1941: Uma nova casa de portas abertas ao mundo

Depois dos primeiros anos, o fundador sente necessidade de dar mais um passo para continuar a consolidação da empresa. Acompanhando o movimento comercial da cidade, dá-se a mudança para a Rua 31 de Janeiro.

O novo espaço, num dos locais mais emblemáticos da cidade, entra diretamente para o património arquitetónico do Porto. O projeto do mesmo autor tem como suporte estético a Arte Nova e os seus elementos mantém-se hoje inalterados. Exemplo disso é o conjunto escultórico “Os meus amores”, dois anjos que inspiram a paixão e a preciosidade de todos os romances.

Neste período, a empresa deixa de ser apenas uma referência no Porto, passando a embaixadora nacional de jóias e pratas. Marca presença em várias feiras no Brasil, Estados Unidos e Espanha, recebendo inúmeros prémios e distinções.

Machado Joalheiro

1942-1977: Renovação e criatividade

Jacinto Machado junta-se, em 1942, ao negócio. Desenvolve-o com novas técnicas de comunicação e estratégias comerciais, tendo um papel determinante na transformação da identidade da empresa.

Jacinto Machado e o sobrinho do fundador Alfredo Pinto da Cunha viajam, assim, regularmente pela Europa. Fazem paragens inevitáveis em Paris, onde recolhem inspiração. Por cá, as montras da Ourivesaria Cunha, na Rua 31 de Janeiro, são um pretexto para os passeios de fim-de-semana das famílias na baixa portuense.

Com a morte de Alfredo Pinto da Cunha, em 1957, dá-se a transferência para a dinastia Machado, bem como a renovação da imagem da empresa. Na mesma década, percebe-se que a sua missão não se centra apenas na seleção das melhores peças. Para cumprir o seu desígnio, é preciso criar e transformar em obras a visão e a estética dos seus criadores.

Assim, passa a ser também uma casa de autores com criações exclusivas elaboradas pelos melhores ourives. A primeira grande coleção de anéis de noivado é disso um bom exemplo.

1978-2007: Modernidade

Em 1980, é celebrado o centenário de Machado Joalheiro. Então, é criada e apresentada uma coleção exclusiva de jóias que transmitem a importância de um século a marcar momentos. Alguns anos mais tarde, nasce um novo espaço no Porto, na Avenida da Boavista. A loja do Aviz está estrategicamente localizada no novo polo de comércio de luxo da cidade.

Machado Joalheiro vê o trabalho dedicado de várias gerações reconhecido mundialmente. É convidada, em 1992, para ser membro-fundador da Fondation de la Haute Horlogerie (FHH). Trata-se de um clube muito restrito que reúne uma seleção das mais prestigiadas joalharias e relojoarias do mundo.

O reconhecimento produz frutos muito concretos quase imediatamente. Em 1994, a casa é selecionada como uma das primeiras joalharias do mundo a receber uma coleção histórica de relógios Cartier, apresentada meses antes num evento global no Petit Palais em Paris.

Em 2005, a conceituada marca de relógios Vacheron Constantin cria uma edição especial e limitada de relógios em homenagem aos 125 anos de Machado Joalheiro. São sinais que reforçam a identificação da empresa como um espaço com a distinção e exclusividade indispensáveis para acolher as mais luxuosas peças.

2008-2020: O presente e o futuro

Quem constrói um legado duradouro sabe uma coisa: a história não se basta a si própria. É por isso que, apesar da herança ímpar que hoje persiste, Machado Joalheiro não se cansa de se reinventar. Com efeito, procura construir, a cada dia, um futuro que faça jus ao passado de que muito se orgulha.

Essa ambição é concretizada, por exemplo, com a abertura da loja de Lisboa. Acontece em 2008, no “centro comercial” mais exclusivo do país: a Avenida da Liberdade. Este marco na história Machado Joalheiro é essencial para cumprir o desígnio dos fundadores. Dá-lhe uma abrangência nacional, fazendo chegar o melhor da alta joalharia e relojoaria ao público da capital.

Também na loja do Aviz, no Porto, nasce um espaço Cartier. Trata-se de um corner desenhado e idealizado para a comemoração dos 135 anos Machado Joalheiro. Estas são demonstrações evidentes dos desafios que se colocam todos os dias aos herdeiros de Machado Joalheiro. É nisto que acreditam: que a excelência nunca acaba de ser construída e que procurá-la consistentemente é a melhor forma de proteger o valioso legado recebido, garantindo que se torna perene.

Machado Joalheiro: A sua loja de jóias e relógios de luxo

Machado Joalheiro é representante oficial, em Portugal, de marcas de joalharia como Chaumet, Dinh Van, DoDo, K di Kuore, Mikimoto, MIMI e Pomellato.

Apresenta ainda marcas de relojoaria de referência como Cartier, Baume & Mercier, Breitling, Chanel, Chaumet, Dior, Franck Muller, Frederique Constant, Hublot, IWC, Jaeger-LeCoultre, Omega, Oris, Panerai, Raymond Weil, TAG Heuer e Vacheron Constantin.

Para além disso, Machado Joalheiro desenvolve regularmente novas coleções de assinatura própria, de joalharia, diamantes e filigranas. Das formas contemporâneas das linhas Party, Drops e Colors aos clássicos e intemporais anéis das coleções Moments e Promesse, apresenta um vasto leque de peças que vão ao encontro de diferentes clientes e ocasiões, mas que espelham sempre o savoir faire de uma casa com 140 anos de história.


manutenção de relógios

Manutenção de relógios: Preserve o seu com Machado Joalheiro!

A manutenção de relógios é uma tarefa imprescindível para garantir um longo e fiável ciclo de vida dos mesmos. Se deseja preservar a existência das suas peças de relojoaria, aproveite para conhecer os procedimentos correntes e necessários para a sua conservação.

A importância vital da manutenção de um relógio

Um relógio transcende, em grande medida, aquilo que poderá ser definido como uma mera obra de arte técnica. Nesse sentido – e à semelhança de qualquer mecanismo de precisão –, trata-se de um objeto merecedor dos melhores cuidados.

De forma a assegurar o seu bom funcionamento por um longo período de tempo, os relógios devem ser verificados regularmente por especialistas, utilizando apenas peças originais e tendo em consideração as especificações do fabricante.

Desenvolvida e manufaturada para perdurar, a alta relojoaria constitui uma verdadeira expressão de uma cultura peculiar originária da Europa. O seu coração – o movimento – necessita, naturalmente, de cuidados diferenciados e de uma manutenção adequada.

As diferentes etapas do processo de manutenção de relógios

1. Identificação

A primeira etapa a considerar no decorrer do processo de manutenção de um relógio é, previsivelmente, a sua identificação. Em função do número individual da peça de relojoaria, é possível garantir os procedimentos de manutenção e o tipo de reparação ideais para as suas características.

2. Diagnóstico técnico

Numa fase imediatamente posterior, é realizado um diagnóstico de caráter técnico, no qual será feita uma apreciação exaustiva ao equipamento. No seu decorrer, será verificado o estado da caixa, da pulseira e do movimento, para aferir as intervenções a executar.

3. Desmontagem

No plano da ação propriamente dita, a remoção da pulseira e a abertura da caixa requerem cuidados redobrados. Note-se que os movimentos de maior complexidade são compostos por centenas de peças.

4. Limpeza e substituição de peças

A limpeza assume um peso enorme na conservação do equipamento. É após esta operação que as peças do movimento podem ser analisadas em detalhe. Então, o relojoeiro terá a possibilidade de substituir todas as peças danificadas ou que possam interferir com o correto funcionamento do relógio.

5. Lubrificação

Mais tarde, óleos com distintos níveis de viscosidade são aplicados nos componentes e nos pontos a determinar. É de referir que os diferentes componentes da peça de relojoaria requerem o uso de óleos específicos.

6. Deteção de erros ou desvios de precisão

Durante o processo de manutenção de relógios, o relojoeiro tem a possibilidade de detetar eventuais erros que possam persistir. Recorre, para tal, a um crono-comparador eletrónico, capaz de identificar também desvios de precisão.

Neste âmbito, é importante referir que um relógio mecânico de qualidade tem um desvio máximo de -5 a +10 segundos por dia. O Controlo Oficial dos Cronómetros Suíços exige uma taxa de desvio máxima entre -4 e +6 segundos/dia. Existem ainda marcas que aplicam controlos mais restritivos.

7. Regulação

Procurando garantir um ajustamento perfeito, é regulado o balanço do relógio, através de testes de cariz intensivo combinados com um período de observação pelo relojoeiro.

8. Tratamento e montagem da caixa

Na reta final do procedimento, o relógio é lavado com um banho de ultrassons e os componentes da caixa que se encontrem danificados são substituídos. Esta é depois tratada e polida manualmente, recuperando a sua aparência original, e montada novamente, com a substituição de todos os vedantes.

9. Teste de estanquicidade

O teste de estanquicidade, efetuado com o auxílio de máquinas especiais, é uma etapa que integra qualquer processo de manutenção de relógios.

O suor, os raios UV e até as poeiras e cosméticos podem comprometer o bom estado dos vedantes e, consequentemente, a estanquicidade dos relógios. Como tal, esta característica deve ser verificada anualmente, a fim de assegurar a perfeita conservação da peça de relojoaria.

10. Controlo de qualidade e garantia

Todos os passos deste amplo procedimento são exaustivamente controlados durante e após a intervenção. Por último, os parâmetros fundamentais são revistos duplamente pelo relojoeiro, que atribui às revisões e reparações um ano de garantia. Note-se que a mesma não é válida caso o relógio seja aberto por pessoas não autorizadas ou perante danos ou desgaste causados por tratamento inapropriado da peça.

Machado Joalheiro disponibiliza um serviço de product care de excelência para relógios, pérolas e joias. Com quase 140 anos de história, integra o Maastricht Group, formado por joalheiros independentes e especialistas em relógios que se pautam pela maior competência e responsabilidade na manutenção e reparação destas peças.


diamante

Diamante: Símbolo Eterno do Amor!

O noivado, um dos momentos mais importantes e simbólicos da vida, é um acontecimento celebrado e recordado para sempre. E não há nada mais perfeito para o assinalar do que o diamante.

Mais do que qualquer outra pedra preciosa, o diamante é o que melhor expressa o simbolismo do amor desde os tempos antigos. No Renascimento, o anel de noivado de diamantes adquiriu um simbolismo ainda mais eficaz quando o arquiduque da Áustria o ofereceu à sua noiva como juramento de casamento.

Esta pedra preciosa, invencível e pura, intensifica o significado do anel como símbolo de amor eterno. O anel solitário de diamante satisfaz plenamente o desejo de um símbolo poderoso e eterno, em busca de valores que vão além das aparências, como expressão da beleza e pureza que nunca são separados dos conceitos de amor e fidelidade.

Quatro critérios determinam, de modo universal, a qualidade e o valor de um diamante – os 4 C: carat, cut, color, clarity (peso, lapidação, cor e pureza).

Carat

O peso de um diamante é medido em quilates, segundo uma norma internacional datada de 1907. A origem provável desta medida é o grão de alfarroba que, desde a antiguidade, servia de unidade de medida no comércio das gemas. Um quilate corresponde a 0,20 gramas.

Clarity

Cada pedra é única. A pureza é determinada pelo número e tamanho das inclusões ou “acidentes” naturais ligados ao processo de cristalização. Um diamante com poucas inclusões reflete melhor a luz e os que não têm nenhum defeito são muito raros. Um diamante é considerado “puro” se não se conseguir ver nenhuma inclusão com uma lente de aumento de 10 vezes. Uma escala internacional classifica as pedras de IF a I3.

Color

Quanto mais incolor, mais raro e precioso é o diamante. Uma classificação internacional estabelece uma escala de cores a partir da letra D, para os diamantes totalmente incolores, e segue a ordem alfabética, à medida que aparecem colorações.

Cut

A lapidação revela a beleza do diamante, a sua maneira de jogar com a luz. Um diamante bruto não lapidado é opaco e não brilha. É a lapidação que faz sobressaltar as qualidades da pedra. A colocação e a orientação das facetas permitem dar-lhe o máximo de brilho, qualquer que seja a forma escolhida: Brilhante, Princesa, Oval, Pero, Coração…

Diamantes Machado Joalheiro

O anel de diamantes é o anel de noivado por excelência. Representa uma das maiores expressões de Machado Joalheiro, que desde 1880 cria e executa anéis de diamantes por uma equipa de artesãos especializados. Tal leva ao reconhecimento em várias feiras e exposições internacionais em Paris, Nova Iorque, São Paulo ou Rio de Janeiro.

Os anéis de diamantes Machado Joalheiro são símbolos tradicionais de uma promessa de amor eterno. Misturam-se com um design inovador para dar vida a novas interpretações, mais atuais e modernas, combinando a experiencia e know how de 139 anos de historia.

Na era da massificação dos produtos e serviços, Machado Joalheiro aposta na personalização, no luxo de poder proporcionar uma joia única, feita e pensada para uma pessoa única.

diamante

Coleções Machado Joalheiro

A coleção Diamantes de Machado Joalheiro apresenta quatro linhas distintas: Romance, Promesse, Moments e Solitário.

Romance: Anéis em ouro branco de 18 quilates com múltiplos diamantes ao centro, com ou sem diamantes no aro.

Promesse: Anéis em ouro branco de 18 quilates e diamantes ou pedras de cor ao centro e diamantes no aro.

Moments: Alianças de diamantes em ouro branco, rosa e amarelo de 18 quilates, indicadas para celebrar os momentos mais especiais da vida. Uma história que se conta diamante a diamante.

Solitário: Anéis de noivado por excelência. Representam a forma mais pura de usar um diamante. Em ouro branco de 18 quilates e um diamante ao centro.


Relógios

Relógios: 4 Cuidados básicos para prolongar a vida útil!

Os relógios contém mecanismos de precisão, pelo que a sua utilização deve obedecer a alguns cuidados, a fim de evitar intervenções desnecessárias.

Neste artigo, elencamos algumas práticas a adotar para prolongar a vida útil das suas peças de relojoaria, quer se tratem de artigos de coleção, de uso ocasional ou diário.

4 Cuidados a
ter com os seus relógios:

1. Mecanismo de corda

corda aos seus relógios frequentemente (de preferência, todos os meses) ainda que não os utilize com regularidade. Dessa forma, os óleos não perdem as suas características, o que evita avarias e necessidade de reparação.

2. Alteração de data

Evite acertar a data do seu relógio perto da meia-noite. Isto porque o mecanismo de mudança de data pode estar engrenado e causar danos. Assim, é aconselhável que o acerto nunca seja efetuado entre as 21h e as 3h.

movimentos de algumas marcas – como os calibres manufaturados da Breitling, da Panerai e da Omega, por exemplo – que permitem o ajuste fora do período recomendado. No entanto, em caso de dúvida, o melhor é aplicar esta regra a qualquer modelo.

Na eventualidade de não saber se o relógio se encontra às 11h da manhã ou às 23h, faça a passagem do ponteiro das horas pelas 12h. Logo verá se a data muda.

3. Campos eletromagnéticos

Os campos eletromagnéticos são um dos maiores inimigos dos relógios. Estão presentes em objetos tão simples como fechos de carteiras de senhora. Encontram-se também em equipamentos tecnológicos, como computadores, smartphones, tablets e televisores.
Este é um problema recente, porque, até há poucos anos, não vivíamos rodeados de tantos aparelhos eletrónicos. Por isso, apenas pessoas com profissões muito específicas, como pilotos ou engenheiros, tinham essa preocupação. Como consequência, nestas classes profissionais, tornaram-se famosos modelos como o IWC Ingenieur, por exemplo.

Hoje, os campos eletromagnéticos devem ser uma preocupação da generalidade das pessoas quando estão em causa peças de alta relojoaria.

4. Estanquicidade

Relógios com estanquicidade até 3 BAR/30 metros são à prova de salpicos. Tenha em consideração que estas peças de relojoaria não estão aptas para nadar ou tomar banho. Apenas os relógios estanques até 5 BAR/50 metros, no mínimo, podem ser utilizados para nadar. Para atividades de mergulho, deverá utilizar um relógio com estanquicidade mínima de 20 BAR/200 metros.

Estas práticas são fundamentais para garantir uma boa manutenção dos relógios e prolongar a sua vida útil. Se desejar saber mais sobre relojoaria, subscreva o blog da Machado Joalheiro e mantenha-se atento às publicações regulares.


Cartier

Cartier Santos: A evolução de um ícone!

Cartier Santos. É impossível imaginar a relojoaria contemporânea sem mencionar este exemplo pioneiro.

Recordemos a história de Alberto Santos-Dumont, filho de produtores de café e com um enorme talento para desenvolver máquinas complexas. Em 1906, em Paris, o jovem brasileiro descolou do relvado do Château de Bagatelle.

Voava, então, a uma distância de 60 metros e a uma altitude média de 5 metros. Foi este o primeiro voo de uma aeronave mais pesada do que o ar, sem mecanismos de lançamento, e com uma aterragem controlada, e um feito conhecido por todos.

Menos conhecido é, decerto, o seu contributo para a relojoaria. Santos-Dumont era amigo de Louis Cartier. Este desenvolveu, em 1904 – desconhece-se se a seu pedido ou não –, aquele que veio a tornar-se o primeiro relógio de pulso e o primeiro relógio para pilotos. Era seu objetivo que Santos-Dumont pudesse consultar o tempo aos comandos dos seus aviões.

O primeiro Cartier Santos, inovação em relojoaria

Louis Cartier levou à risca a máxima do seu pai. A mesma ditava que “um desenho original serviria de força criadora para o desenvolvimento de um negócio multigeracional”. O resultado foi um relógio com um mostrador legível e com os clássicos numerais romanos, mas com uma robusta caixa em ouro “redonda-quadrada” que se antecipou à era Art Déco, misturando elementos industriais e inovadores, como os parafusos à vista na lunete, que seguravam o vidro e que são hoje um elemento presente em muitos relógios casual-chic.

Outros elementos que se tornaram tipicamente Cartier estão igualmente presentes, como a escala de minutos ao estilo caminho de ferro e a coroa com uma safira cabouchon. Mais tarde, seguiram-se outros modelos icónicos, como o Tank ou o Tortue. Mas foi o Santos a iniciar a odisseia da Cartier na relojoaria.

A transformação em objeto de luxo

Nos anos 70, surgiram os relógios desportivos de luxo em aço. Tinham acabamentos de alto nível e preços muito próximos de modelos clássicos em ouro. Para entrar neste segmento, o então diretor de Marketing da Cartier escolheu o Santos.

Sendo a Cartier, e estando em plena era da explosão do jet-set, a entrada teria de ser feita com estrondo. O Santos foi então redesenhado em 1978.

Em lugar da correia em pele, surgiu uma ousada pulseira em metal integrada. Cada elo tinha dois imponentes parafusos visíveis, a combinar com os parafusos da lunete. Mas a ideia mais vanguardista era outra.

O departamento criativo da Cartier desenvolveu uma versão bicolor, com elementos em aço e outros em ouro (nomeadamente a lunete e os parafusos), criando um sucesso instantâneo. Hoje, não há praticamente nenhuma marca que não tenha versões aço/ouro de alguns dos seus modelos.

Em 1979, no ambiente vibrante de Nova Iorque, foi organizada a “Santos Night”, no enorme Armory Building. Estiveram presentes 500 convidados, entre eles estrelas das artes, música e literatura.

Os relatos são de uma festa épica, com uma exposição de aviões vintage (incluindo o Demoiselle desenvolvido por Santos-Dumont). Destacaram-se também um bolo de cinco andares e um balão de ar quente suspenso. Aos comandos da mesa de mistura, encontrava-se o famoso DJ parisiense da época, Jean Castel.

Rapidamente o Santos de Cartier, como passou a ser chamado, se tornou presença comum no pulso de artistas, estrelas de rock e homens de negócios, bem como membros da realeza.

O Santos 100

No ano 2004, a Cartier, com a habitual ousadia, renovou o seu ícone. Nasceu então o Santos 100, em pleno centenário do modelo. O Santos ganhou mais “corpo”, especialmente no modelo grande. Acompanhou, assim, a tendência de aumento no tamanho dos relógios que se vivia na época.

As correias em pele de crocodilo perfeitamente integradas na caixa, com um fecho de báscula que acompanhava o desenho do relógio, formavam um conjunto muito atrativo. Sublinhavam, ademais, a atenção ao detalhe que a Cartier nunca descura.

A existência de vários tamanhos e versões foi fundamental para o seu enorme sucesso. Havia versões automáticas simples ou cronógrafo, em aço, aço/ouro, ouro, aço com ADLC negro e titânio ou ouro. Havia ainda versões de joalharia e até um modelo com o célebre movimento esqueleto da divisão de alta relojoaria da Cartier, com as pontes a formar os números romanos, numa demonstração de grande capacidade técnica e bom gosto.

Não obstante ser atualmente um modelo descatalogado, a Cartier criou uma ação absolutamente inédita na indústria relojoeira. No lançamento do novo Santos de Cartier, convidou todos os clientes do Santos 100 a fazerem uma revisão geral gratuita aos seus relógios, com oferta de componentes, para que os seus proprietários possam continuar a usá-los em perfeitas condições.

O Santos de Cartier dos tempos modernos

O novo Santos de Cartier não é apenas uma atualização estética da coleção. Segue, antes, o conceito-mãe de Louis Cartier: a base para a criação de novas ideias.

Assim, em maio deste ano, a marca surpreendeu comum relógio de linhas mais elegantes. A lunete acompanha o desenho do relógio até à pulseira e uma curvatura subtil confere-lhe grande conforto no pulso. Mas, acima de tudo, são as novidades técnicas que merecem grande destaque.

Pela primeira vez, todas as versões do Santos têm um movimento manufatura Cartier (1847 MC). Este, além da sua qualidade, é também antimagnético, característica pouco comum em relógios deste segmento.

A Cartier tomou ainda a importante decisão de fornecer de origem todos os Santos (em aço e aço/ouro) com pulseira metálica e correia em pele. Pretende, assim, que este seja um relógio para todas as ocasiões.

As correias em pele têm um inovador sistema patenteado QuickSwitch. O mesmo permite que o utilizador consiga mudar de pulseira em casa, apenas com um clique. No caso das pulseiras metálicas, existe um outro sistema patenteado. O SmartLink possibilita retirar ou acrescentar elos sem recurso a ferramentas complexas, dispensando a intervenção de pessoal qualificado.

Todas estas inovações, aliadas a um desenho icónico e intemporal, fazem do Santos de Cartier um dos relógios mais completos e bem pensados do mercado. Esta peça de alta relojoaria continuará a ser uma referência e um exemplo a seguir.


Pérolas

Pérolas cultivadas: A invenção de Kokichi Mikimoto!

As pérolas têm um valor incalculável e ocupam, nos dias de hoje, um lugar de destaque na alta joalharia. São resultado de um processo natural que acontece no interior de algumas espécies de ostras, como mecanismo de defesa perante a invasão por um corpo estranho.

Kokichi Mikimoto
Kokichi Mikimoto

A formação de pérolas sem intervenção humana é algo extremamente raro e que despertou a atenção de Kokichi Mikimoto. O japonês, nascido em janeiro de 1858 na cidade de Toda, acabaria por se tornar o inventor das pérolas cultivadas.

Preocupado com a extinção das ostras, experimentou vários métodos de introdução de um núcleo no interior do corpo dos moluscos. Estes, para se protegerem da irritação, segregavam milhares de camadas de substância nacarada, formando pérolas.

A Akoya foi a espécie de ostras com a qual o japonês iniciou a sua empresa de cultivo de pérolas. Estaria longe de imaginar que viria a dar nome a uma conceituada marcas de joalharia a nível mundial: a Mikimoto.

Pérolas Mikimoto: Mais do que alta joalharia, um pedaço de História

Em 1843, foi criada a primeira pérola cultivada, o que representou uma conquista incrível. Contudo, só em 1905 é que nasceu a primeira pérola de cultura esférica.

Ostras Akoya
Ostras Akoya

As ostras Akoya vivem em alto mar, nas águas da baía de Ago (Japão), a uma profundidade de 1 a 5 metros. Habitam em cestos especiais, dispostos em plataformas estrategicamente colocadas em locais com pouca ondulação e temperaturas entre 15 e 23 graus.

A temperatura da água é controlada diariamente. Além disso, de dois em dois meses, os cestos são limpos e mudados de lugar. Em princípio, dois a três anos depois, as ostras estão prontas.

A Akoya é a ostra produtora de pérolas mais pequena do mundo. Existe, com efeito, em tamanhos que variam entre os 3 e os 10 milímetros. O clima oceânico perfeito dá um brilho fantástico às perolas Akoya, com cores que variam entre branco, creme e rosa.

A Mikimoto mantém os mais rigorosos padrões de qualidade, sendo cada pérola tão única quanto uma impressão digital. Cada colar de pérolas da marca japonesa é uma obra de arte, que nasce do mistério do mar. Explore as coleções e descubra o verdadeiro tesouro da natureza e da mais alta joalharia e design.